quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mulher de 30


É como bossa, é como prosa
Versão infinita da beleza, singeleza
Estrofe perfeita, poesia honrosa


Mulher de doces beijos, lindas madeixas
Lábios carnudos, perfeitos, perfume suave
Nudez adorável, voraz me deixas
Para mim és uma música, um aclave


Eu pego essa mulher, acaricio, abraço
Vívidos passos, experiente, mulher e menina
Para mim és como uma adolescente, perfeita, feminina
A quem corro à pé, de pés descalços


Não tens vagos planos, sabes o que querer
E eu a ti quero, desde os tempos das uvas
Se agora mudaste, para mim o melhor é te ter
Como um vinho, o tempo passa, melhoras a cada alvorecer


Delícia é você, mulher de trinta, a quem vi e me vias
Gostosa, perfeita, faceira, bonita por natureza
Essa mulher é a melhor, a que conquisto todos os dias
Faz de mim o mais feliz dos homens, autora da beleza





quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Bruxa de Blair- A Verdadeira História




"Maryland, Estados Unidos. A pequena cidade de Blair guarda um grande mistério, muito além do filme, lançado em 1999".
Em 1785, uma mulher, moradora da cidade de Blair foi acusada de praticar bruxaria. Na acusação constava que a velha senhora realizava rituais com o sangue de algumas crianças que viviam ali. Enganosamente, as atraía até sua casa e lá realizava tais rituais. As crianças depois eram deixadas na floresta e muitas acabavam morrendo de frio ou por não saberem voltar para casa.
Após sua condenação por populares, a mesma foi deixada com olhos vendados, mãos e pés amarrados no meio da floresta, após ser espancada com crueldade. Os nós não foram apertados o suficiente, e a astuciosa velha bruxa conseguiu se soltar. Ainda tonta, a velha levantou-se com dificuldade e acabou se escorregando num barranco, caindo dentro das águas geladas do  riacho Tappy East.
A velha morreu, porém seu corpo jamais foi encontrado. Sua casa foi queimada.
Após algum tempo, coisas estranhas começaram a acontecer. No local onde ficava a casa da bruxa, estranhamente nem mesmo capim crescia. Era um solo estranho, predominantemente composto por sal. Talvez fosse alguma tática usada no momento da construção, não se sabe.
As lavouras da primavera seguinte não vingaram. Alguns animais ficaram doentes e morreram. Uma forte epidemia de gripe assolou toda a região de Maryland. Os acusadores que julgaram a bruxa, inclusive as crianças supostamente usadas nos feitiços desapareceram sem explicação. O medo do povo o fez temer os feitiços da bruxa e evitaram ao máximo citar tal ocorrido.
Por volta de 1.800, ao derrubar uma árvore na floresta e arrancar suas raízes, um morador encontrou um livro enterrado ao pé da planta. Em sua capa ainda era possível ler "Black Book of Witchcraft", o livro negro da bruxaria. Nas poucas páginas feitas de algodão, que o tempo ainda não havia corroído era possível ler:
“E a velha bruxa arrancou a cabeça do menino de seu corpo, manchou toda a Igreja com seu sangue ainda quente. Notei que havia um dente de cão na perna dela. Com seus poderes mágicos podia controlar os animais da floresta.”
"Bonecos de vudu foram encontrados nas paredes da velha casa, mesmo após o fogo não se acabaram. Nenhum tinha cabeça"
“Ela foi acusada de bruxaria por diversas crianças na vizinhança. Ela foi espancada e amarrada, pés e mãos, lançada na floresta ainda de olhos vendados à própria sorte"
Mais tarde, em 1825, a cidade de Blair passou a se chamar Burkittsville, as coisas começaram a ficar realmente assustadoras, pois a morte de uma criança fez com que todos temessem a volta da bruxa, pois no mês de agosto daquele ano 11 pessoas assistiram uma menina de apenas dez anos morrer afogada no riacho Tappy East. Todos que assistiram o terrível acontecimento dizem que viram claramente uma mão pálida brotar da água e puxar a menina para morte.
O corpo dela jamais foi encontrado, apesar de todos o esforço. E parecia que algo não queria que fosse, pois durante 13 dias após o afogamento o riacho ficou obstruído por madeiras e gravetos, como se quisessem dificultar as buscas.
Depois dessa morte estranha a macabra, parece que a Bruxa de Blair realmente havia acordado, pois os acontecimentos que seguiram revelaram que uma maldição estava sobre aquele lugar.
Após esse macabro episódio de morte, onde onze pessoas juraram por suas vidas terem visto uma mão puxar a menina para morte, a cidade viveu uma época de calmaria. Onde a lenda da Bruxa foi quase esquecida por todos, mas apesar de 60 anos terem passado sem uma grande tragédia, parece que a maldição estava apenas adormecida, pois em 1886 ela voltou com uma força jamais antes vista nesse mundo.
Apesar da cidade ter mudado de nome, a floresta maldita ainda estava lá, esperando algum desavisado. Novamente, naquele ano, um garoto se perdera na floresta.
Quando a notícia do desaparecimento se espalhou pelo local, uma equipe de busca foi montada para tentar resgatar o garoto. Dessa maneira cinco homens partiram em uma jornada noturna para dentro da floresta da Bruxa, sem temerem nada, pois o que poderia acontecer com eles estando todos juntos?
Mais de um dia se passou e o grupo de busca não retornou, muito menos o menino sumido. Pensando que talvez os homens estivessem perdidos, talvez por causa da noite ou quem sabe a floresta poderia ter os enganado. Por esse motivo uma segunda equipe partiu em busca da primeira e ainda acreditando que poderiam achar o pequeno garoto.
Depois de algumas horas de busca os primeiros homens foram encontrados, mas aquela altura eles eram apenas pedaços, pois todos tinham sido estripados e suas vísceras estavam espalhadas pelo chão, com os rostos deformados e as mãos amarradas. Vendo aquela cena infernal, o segundo grupo partiu de volta para cidade, tentando encontrar ajuda para remover o que havia sobrado dos corpos, mas para a surpresa de todos, os mortos simplesmente haviam sumido do lugar onde foram encontrados e nas folhas restava apenas um pouco de sangue seco.
As buscas foram suspensas, pois não havia ninguém com coragem o bastante para entrar na maldita floresta de novo, pois todos temiam o mesmo fim dos primeiros homens que lá entraram. Por isso, o garoto desaparecido jamais foi visto nesse mundo novamente e seus pais não tiveram um corpo para enterrar.
Durante muitos anos poucos ousaram entrar na floresta temendo por suas vidas e a lenda da Bruxa estava viva na mente de todos. Contudo em 1925, doze anos depois de ter ido morar na cidade de Burkittsville, Rustin Parr resolveu construir uma casa no meio da mata, em um lugar que ficava a mais de quatro horas de caminhada da cidade.
Certamente muitas pessoas pensaram que ele estava louco, mas após cinco anos de muito trabalho a casa ficou pronta. Durante algum tempo Rustin ainda ficou na cidade, pois trabalhava na loja do seu tio, mas após sua tia morrer a loja foi fechada e seu tio foi morar em outro lugar. Sem mais nada que o prendesse ali, ele foi morar de vez no meio do mato e cada vez menos era visto em Burkittsville. Dizem que chegou a um ponto onde ele aparecia na cidade apenas duas vezes ao ano.
Nesse tempo, os moradores pensavam que talvez tudo que tinha acontecido até hoje não passavam de histórias contadas por seus parentes mais velhos, pois se a Bruxa havia matado cinco homens em uma noite, como que apenas um que vagava quase todos os dias pela floresta não era atacado? Isso fez com que a crença na Bruxa fosse diminuindo, porém mal sabiam eles que parece que quanto menos se acredita nela, mais forte ela fica.
Até 1940 a vida em Burkittsville estava pacata, com Rustin Parr vivendo na floresta e a lenda sendo esquecida, mas naquele ano algo terrível estava para acontecer, algo tão cruel que ninguém jamais se esqueceria que aquele lugar era amaldiçoado, pois uma tragédia macabra ia acontecer com essas sete crianças:
Esses longos anos fizeram todos se esquecerem da Bruxa de Blair, mas ela não esta adormecida, estava apenas preparando seu mais cruel e sanguinário golpe.
A maldita floresta de Blair ainda faria muitas vítimas. A história contada no filme "A Bruxa de Blair", de 1.999 foi apenas um retrato vil de muitos outros casos de jovens aventureiros, que de alguma forma tentavam desvendar tais mistérios, os quais os consideravam apenas meras lendas urbanas.
Frederic Gump, um jovem fogógrafo, facinado pelas loucas histórias contadas pelo povo resolveu visitar a cidade. Após fotografar vários vilarejos e um cemitério, durante o dia seguiu floresta adentro, no intuito de encontrar vestígios daquela história secular, e retratá-los em um livro. O estranho é que suas fotografias digitais feitas na floresta simplesmente sumiram de sua câmera, exceto uma. Nesta foto, que foi tirada em frente a uma árvore muito antiga e alta, uma sombra incomum apareceu. Uns julgaram ser a silhueta de uma mulher. Outros que era apenas um foco de luz. 
O mais intrigante, é que Gump faleceu seis meses depois dessa viagem, assassinado com um tiro na cabeça, e seu corpo esquartejado, foi achado em sua casa. À volta do mesmo, quatro velas vermelhas, simbolizando um possível ritual de magia. Seu sangue estava aspergido pelas paredes da sala de sua casa, em Ohio.
Esta foto misteriosa foi postada em seu blog, que permaneceu no ar por um bom tempo, mesmo depois de sua morte. Uma menina finlandesa foi encontrada morta em seu quarto. No computador, ainda ligado, a misteriosa fotografia. A cena de suicídio foi confirmada, pois a faca, enfiada contra seu tórax continha suas impressões digitais.
O blog foi tirado do ar, mas a foto ainda circula na internet. Se a encontrar, apague-a imediatamente. A "Bruxa de Blair" ainda não terminou sua vingança.

sábado, 14 de abril de 2012


O livro de encantos, sobre a cabeceira despertava o mais perverso desejo. A promessa de superar sua feiúra, obesidade e antipatia em troca de alguma oferenda eram muitas. Bastava que Vanessa fizesse tudo conforme o combinado.

Em um dos encantos do livro, estava escrito que se ela oferecesse um sacrifício humano, fossem familiares ou amigos próximos, seus desejos seriam atendidos mais rapidamente. Conquistaria beleza, dinheiro e sucesso.

Naquela sexta-feira 13 tudo parecia muito banal. A vila de Paranapiacaba trazia consigo muitas histórias fantásticas. Os espíritos que habitavam cada uma daquelas casas de madeira, os trilhos da velha estrada de ferro e principalmente um espírito inglês, que morava no relógio, tudo fazia sentido.

Entretanto, Vanessa temia dar algo errado e preferiu um sacrifício mais ameno, envolvendo um animal de estimação de sua irmã Clarice. Não podia dar errado. Os gatos são animais bonitos e importante era em tal sacrifício haver sangue.
Em um golpe certeiro, a pequena bruxa apunhalou o felino de dois anos de idade, matando-o sem dar chance de se defender ou fugir. No encanto, estava escrito que a garota deveria colocar a cabeça do animal morto em um prato de porcelana, juntamente com rosas vermelhas e uma vela acessa na encruzilhada da Avenida Fox.

Na manhã seguinte, Clarice estava inquieta procurando seu gato. Seus hábitos noturnos o faziam vagar pela vizinhança madrugada adentro, mas pela manhã sempre retornava para comer. Vanessa permaneceu quieta, até o momento que uma pequena formação de pessoas viu o prato com a oferenda, escandalizando-se. Ao ver a cabeça de seu animal, Clarice entrou em pranto, jamais imaginando que sua irmã fora a responsável por tal ato desumano.

O importante é que Vanessa finalmente conseguiria conquistar seus objetivos. O livro era claro, e certamente os resultados positivos viriam na primeira segunda-feira, do quinto mês, naquele ano. Aliás, o peso de matar um animal era muito menor do que matar um ente querido.

Na noite do primeiro domingo, no quinto mês daquele ano, Vanessa não conseguia dormir, talvez tomada pela ansiedade de sua possível conquista do dia seguinte, ou quem sabe um verdadeiro tormento estivesse tomando conta da moça. Ao se revirar em sua cama, Vanessa enxergou um estranho vulto, ou era uma sombra? Era mais do que isso. Havia alguém sentado em sua cama, pois era possível sentir o peso próximo aos seus pés. Toda arrepiada cobriu sua cabeça com o cobertor, mas mesmo assim ainda dava para perceber alguém puxando as cobertas. Um pequeno feixe de luz, vindo do farol de um trem de carga que seguia para Cubatão penetrou pelas frestas da janela, refletindo o rosto da horrível criatura naquele quarto.
Era um ser estranho, cor marrom e ainda pior, com rosto de gato, semelhante ao gato que fora morto. O terrível medo de Vanessa já havia alcançado os piores níveis, e mesmo que tentasse gritar, parecia que sua voz jamais sairia. Então o terrível mostrou olhou-a fixamente, dizendo que tudo havia sido feito corretamente e que Vanessa haveria de conquistar seus desejos, porém isso lhe custaria muito caro, pois ela trocara o sacrifício humano por um animal.
Na manhã seguinte, chegou uma carta registrada pelos correios endereçada a Vanessa. Dentro dela, um cheque no valor de treze milhões de reais. Ao dirigir-se ao banheiro, Vanessa notou em seus braços a presença de muitos pêlos. Quando olhou no espelho começou a gritar. Seu rosto estava coberto de pelos e bigodes, e seus olhos, em tom amarelo a deixaram com uma face monstruosa. Ela havia se transformado em um ser terrível, com características de um gato.
Saindo em silêncio de sua casa, Vanessa atravessou os trilhos e esperou até que próximo trem viesse, jogando-se à frente e morrendo de forma cruel. Ao ser encontrado, seu corpo já não mais apresentava tais características estranhas.
Horas mais tarde, um animal vagava as suas da antiga vila. Seria o gato de Clarice?



sexta-feira, 30 de março de 2012

Bebida e direção: matei minha família

"Este conto é uma ficção, porém baseada em tantos fatos reais que assistimos todos os dias"


Após quase quatro meses eu ainda sinto fortes dores na minha perna. Segundo o médico, um ano será pouco para uma recuperação total. Os pontos nas mãos e braço ainda causam dores, mas só de vez em quando.
Amanhã serei chamado novamente para prestar novos esclarecimentos. Segundo um defensor público, o julgamento poderá acontecer ainda este ano e no máximo pegarei uma pena alternativa.
Hoje tomei coragem e abri o computador para ver as fotos. Na praia de Guaiúba, em Monte Verde, Campos do Jordão, nossa, quantos momentos felizes nós vivemos, Caren, a pequena Gabriela e eu, que bela família!
Noite passada sonhei que Gabriela estava chorando no quarto, com medo do bicho papão. Acordei e levantei assustado. Demorou alguns segundos para cair a ficha, e a esta altura eu já tinha me dirigido ao seu quarto cor-de-rosa, agora apenas ocupado pelos ursos e as bonecas.
Hoje de manhã me atrevi a abrir a gaveta de Caren. Lá está tudo arrumadinho como ela sempre fez, apenas um cheirinho de mofo. Suas blusas, meias, suas calcinhas. Ainda tenho o perfume dela.
Acredito que se fosse condenado não me importaria, pois o que mais a vida me reserva, além do sofrimento e da culpa?
Era uma noite muito especial, dia 31 de dezembro de 2011. O Réveillon mas esperado dos últimos anos. No carro novinho em folha, minhas três mulheres: Caren, Gabi e minha mãe. Parimos para o Rio de Janeiro. Iríamos a Copacabana e depois para um belo hotel fazenda, mais no interior.
Antes de pegar estrada passamos na casa do meu compadre Pedro. Conversa vai, conversa vem, fim de ano, cervejas, vodca, vinho e até uísque.
Minha esposa ficou meio preocupada e queria dirigir mas eu estava "muito bem". Minha pobre mãe também implorou para que não fôssemos, mas eu não perderia aquele Réveillon por nada deste mundo.
Então saímos do bairro do Jabaquara, atravessamos algumas avenidas e por fim já estávamos na Via Dutra.
Eu estava bem, mas aquela mistureba toda me distorcia um pouco a vista. Liguei o lavador de pára-brisa e nada. Nunca usei óculos e não seria aquela noite que precisaria usar.
No caminho um guarda me parou. Notou que eu estava alterado e quis me prender, mas sabe como é, ano novo, cinquenta reais no meio do documento do carro, enfim, me mandou seguir viagem.
Depois do primeiro pedágio, ainda em São Paulo a vista escureceu ainda mais. 
Um carro me ultrapassou e fui atrás dele. Acelerei forte, uma espécie de racha.
Quando desviei para a direita bruscamente, bati em um caminhão. O carro rodou e caiu em um barranco. Fui arremessado para fora do carro, quebrando minha perna e me cortando várias partes do corpo. No carro, minhas três mulheres ficaram presas, enquanto o mesmo era tomado pelo fogo até explodir. As três morreram. Fui indiciado por homicídio culposo mas o promotor tentou de todas as formas que eu fosse acusado de crime doloso.
Hoje tudo se acabou. Voltar a trabalhar, tocar a vida, será que ainda posso? Condenação ou absolvição da justiça talvez eu consiga, mas a dor da perda e o peso da culpa por ter bebido e matado a minha família, isso vai me atormentar para sempre e se Deus quiser me castigar, me fará viver cem anos só para sofrer, condenado para sempre.



domingo, 25 de março de 2012

Ti Gosto



Eu ti gosto
Ti gosto como doce gosta de açúcar
Igualzinho beijo e boca
Gosto de ti igual criança e bola de sabão
Como menino bebê e mamadeira

Ti gosto como lua em céu escuro
Igualzinho caroço e melancia
Gosto de ti igual bolo de aipim
Como menina moça e maquiagem

Ti gosto como pão de batata e catupiri
Igualzinho pão quente e cafezinho
Gosto de ti igual mingau e milho
Como rapaz crescido e futebol de domingo

Ti gosto de maneira simples
Igualzinho criança escrevendo poema
Gosto de ti da mesma maneira que erro meu português
Como um cara muito apaixonado e sua bela em seus braços

Se eu pudesse



Se eu pudesse te ver, pelo menos por um minuto
Se eu pudesse te falar apenas poucas letras
Se eu pudesse ver novamente o brilho dos teus olhos
Se eu pudesse sentir seu cheiro, ver sua cor
Se eu pudesse tocar sua pele e sentir por instantes o seu calor
Se eu pudesse tocar seus cabelos grisalhos, ainda que poucos
Se eu pudesse pegar na sua mão e ver nela as marcas da vida
Se eu pudesse ver seus pés cansados
Se eu pudesse ouvir tua voz doce e tenra
Se eu pudesse ver aquele sorriso gostoso e expontâneo
Se eu pudesse, ah se eu pudesse...

sábado, 24 de março de 2012

Enganada, me superei (eu lírico feminino)



Amarga estou por sua causa
Culpa sua assim me deixaste
Como podes assim dizer, a mim amar e odiar?
Deixou-me aqui, sozinha, desamparada


De mim rompeste a inocência, a poesia, a beleza
Por ti fui encantada, louca, apaixonada
Entreguei-me de corpo e alma a essa paixão que me assalta
Fingiste-te príncipe e foste bruxo, maldito


Amada era, aliás, pensei que era
Por um homem assim, mal, perverso, descomprometido
E louca sonhei, vivi, me apaixonei
E agora largada, esquecida, tola fui


Mas já superei, estou recuperada, reconstituída
De novo ei de amar, mas tão tola, oh não, nunca mais