sábado, 24 de dezembro de 2011

Quatro Mulheres


Quem diria que a sorte está em números? Muitos desejam ter um grande amor pra toda vida. No meu caso tive quatro amores, quatro mulheres e acredite, nem assim foram por toda vida.
A primeira delas foi Célia. Muito bonita, branca, cabelos compridos e lisos, cor de mel. Eu tinha só dezoito e ela dezesseis e nos casamos assim mesmo. Mas ela acabou ficando muito doente e morreu seis meses depois.
A segunda foi Maria. Maria era uma morena cor de jambo. Eu adorava aquela morena. Nos conhecemos no trem e daí três meses ficamos noivos. Depois eu descobri que a Maria estava comigo pra tentar esquecer um amor de infância. Daí não deu outra. O tal amor reapareceu e ela foi-se de uma vez, deixando a aliança de noivado na mesa.
A terceira foi Tereza. Tereza era cabeleireira e nos conhecemos após uns quinze cortes de cabelo. Namoramos um ano e começamos a falar de casamento. Só que a Tereza ganhou uma bolsa de estudos e se mudou pro sul. A notícia que recebi foi que acabou casando-se com o professor.
A quarta foi Claudia. Esta sim era a mulher da minha vida. Morena, cabelos encaracolados, olhos claros. Claudia era professora do primário e louca por mim de verdade. Nos casamos no verão do mesmo ano que nos conhecemos. Só que a Claudia viajou pra Minas Gerais comigo na lua de mel, e lá inventou de andar a cavalo. Acabou ficando por lá mesmo e gastei nossos cruzeiros com uma bela lápide.
A quinta é o dia da semana que mais me lembra minhas quatro mulheres.

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